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Como revogar a Prisão: Um guia completo para a liberdade

Como Revogar a Prisão: Um Guia Completo para a Liberdade

A privação da liberdade é uma das medidas mais graves aplicadas pelo sistema de justiça criminal. Como revogar a prisão em alguns casos? 

No entanto, existem casos em que essa medida se torna desnecessária ou injusta. 

Neste artigo, abordaremos o processo de revogação da prisão, discutindo os diferentes tipos de liberdade, bem como a diferença entre revogação de prisão preventiva ou temporária, relaxamento de prisão e habeas corpus. 

Além disso, explicaremos em quais situações a prisão pode ser revogada, quem analisa o pedido e como deve ser elaborada a petição, mencionando os artigos pertinentes do Código de Processo Penal.

Leia esse artigo até o fim para atuar com eficiência na garantia da liberdade do seu cliente.

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Assista o vídeo e depois prossiga na leitura.

Diferentes Tipos de Liberdade

Existem basicamente três tipos de pedidos de liberdade: relaxamento da prisão, revogação de preventiva e liberdade provisória.

Esses pedidos podem ser feitos oralmente na audiência de custódia ou mediante peças de liberdade.

Cabe ainda destacar que embora o objetivo possa ser a liberdade do cliente, essas peças não se confundem com o HC.

Relaxamento de prisão

O relaxamento de prisão é uma medida adotada quando há irregularidades ou ilegalidades na prisão. 

Determina a Constituição Federal, em seu artigo 5o, LXV que a prisão ilegal será imediatamente relaxada. No mesmo sentido dispõe o artigo 310 do CPP.

Nesses casos, o juiz determina a soltura imediata do acusado. 

O relaxamento de prisão pode ocorrer quando não há fundamentação válida para a prisão, quando houve excesso de prazo na sua duração ou quando a prisão é ilegal, por exemplo, quando não observadas as formalidades legais ou em casos de prisão em flagrante sem justa causa.

Revogação de prisão preventiva ou temporária

A revogação de prisão preventiva ou temporária é uma medida que busca cessar a privação da liberdade antes do julgamento final do processo. 

Para que haja o pedido de revogação, deve ter havido a anterior decretação de uma prisão preventiva ou temporária.

Desta forma, não há revogação de prisão em flagrante.

A revogação pode ocorrer quando não há mais motivos para a manutenção da prisão, como quando são demonstradas alterações nas circunstâncias fáticas ou quando o réu não oferece mais risco à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal.

A base legal principal para o pedido de revogação da prisão é o artigo 316 do CPP.

Liberdade Provisória

A liberdade provisória é outra peça de liberdade, mas com algumas ressalvas. 

A liberdade provisória é aplicada quando não há necessidade de manter o réu preso, mas ainda é preciso garantir a sua presença no processo.

A liberdade provisória pode ser com ou sem fiança e possui base no artigo 321 do CPP.

Ao conceder liberdade provisória, o juiz pode ainda aplicar cautelares diversas da prisão.

Desta forma, a liberdade provisória ocorre quando o acusado é colocado em liberdade durante o processo, mediante o cumprimento de certas condições estabelecidas pelo juiz, como pagamento de fiança, comparecimento periódico em juízo, proibição de se ausentar da comarca, entre outras medidas cautelares. 

Para que seja concedida liberdade provisória, temos que estar diante de uma prisão em flagrante legal, mas em que não há necessidade de que a prisão preventiva seja decretada.

Habeas corpus: uma ação autônoma de impugnação

Diferentemente das medidas de liberdade provisória e revogação de prisão, o habeas corpus é uma ação autônoma de impugnação que busca a liberdade imediata de alguém que esteja sofrendo violência ou coação ilegal na sua liberdade de locomoção. 

O habeas corpus é uma garantia constitucional fundamental para proteger os indivíduos contra prisões arbitrárias ou ilegais. 

Essa ação pode ser utilizada quando não há outros meios eficazes para revogar a prisão.

Desta forma, frente à negativa dos pedidos de liberdade, é possível impetrar HC, pois o juiz se torna autoridade coatora.

Requisitos para revogação da prisão

Para que a prisão seja revogada, é necessário que haja fundamentos sólidos e legais.

3.1 Casos de revogação da prisão

A revogação da prisão pode ocorrer em diferentes situações previstas na legislação. 

Entre elas, podemos citar:

• Mudança das circunstâncias fáticas: Se ocorrerem mudanças nas circunstâncias que fundamentaram a decretação da prisão, como a elucidação de fatos novos ou a obtenção de provas favoráveis ao acusado, é possível pleitear a revogação da prisão. • Ausência de risco à ordem pública: Quando o réu não representa mais um perigo para a ordem pública, ou seja, quando não há mais risco de cometer crimes ou prejudicar a sociedade, a prisão pode ser revogada. • Ausência de risco à instrução criminal: Se não houver perigo de que o acusado atrapalhe a instrução criminal, por exemplo, ameaçando testemunhas ou destruindo provas, a revogação da prisão pode ser requerida. • Ausência de risco à aplicação da lei penal: Caso seja demonstrado que o réu não oferece mais risco à aplicação da lei penal, seja por já ter cumprido parte da pena ou por outros motivos relevantes, é possível pleitear a revogação da prisão.

3.2 Quem analisa o pedido de revogação da prisão?

O pedido de revogação da prisão é analisado pelo juiz responsável pelo processo. 

É importante que a petição seja bem fundamentada e contenha argumentos claros e convincentes para sustentar a necessidade da revogação da prisão. 

O juiz avaliará se os requisitos legais estão presentes e se a prisão é realmente necessária, levando em consideração os princípios da presunção de inocência e da proporcionalidade.

3.3 Como elaborar a petição de revogação da prisão?

A petição de revogação da prisão deve ser elaborada com cuidado, seguindo as regras processuais e respeitando a clareza e a objetividade. 

É importante mencionar os fatos que justificam a revogação e citar os dispositivos legais pertinentes.

Também é fundamental apresentar provas ou indícios que corroborem a falta de fundamentação para a manutenção da prisão e destacar os elementos que demonstrem a ausência de risco à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal.

Alguns artigos do Código de Processo Penal que podem ser mencionados na petição são: • Artigo 310: trata do relaxamento da prisão ilegal ou com excesso de prazo. • Artigo 312: trata da prisão preventiva e seus requisitos. • Artigo 316: trata da revogação da prisão preventiva. • Artigo 321: trata da liberdade provisória.

•Artigo 648: trata dos casos em que é cabível o habeas corpus.

Conclusão

A revogação da prisão é um processo importante para garantir a liberdade das pessoas quando a privação se torna desnecessária ou injusta. 

O relaxamento de prisão, a revogação de prisão preventiva ou temporária, a liberdade provisória e o habeas corpus são instrumentos jurídicos que visam assegurar o direito fundamental à liberdade. 

Cada um desses mecanismos possui suas peculiaridades e requisitos específicos.

É essencial compreender as diferenças entre relaxamento de prisão, revogação de prisão preventiva ou temporária, liberdade provisória e habeas corpus, para utilizar a medida adequada de acordo com a situação em questão. 

Enquanto o relaxamento de prisão busca corrigir ilegalidades ou irregularidades na prisão, a revogação de prisão preventiva ou temporária é aplicada quando não há mais fundamentos para manter a privação da liberdade antes do julgamento final do processo. 

Por sua vez, a liberdade provisória permite a soltura do acusado sob certas condições, visando garantir sua presença no processo. 

O habeas corpus, por sua vez, é uma ação autônoma de impugnação que visa à liberdade imediata em casos de violência ou coação ilegal na liberdade de locomoção.

No entanto, é importante destacar que a revogação da prisão não é automática e deve ser pleiteada por meio de uma petição fundamentada. 

É essencial que a petição contenha informações claras e convincentes sobre as mudanças nas circunstâncias fáticas, a ausência de risco à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal, de acordo com os requisitos legais.

Ao redigir a petição de revogação da prisão, é recomendado mencionar os artigos pertinentes do Código de Processo Penal, como os já mencionados anteriormente. 

Essa referência legal fortalece os argumentos apresentados e demonstra embasamento jurídico na solicitação.

Por fim, ressalta-se a importância de contar com o auxílio de profissionais especializados, como advogados, para orientação e auxílio adequados durante o processo de revogação da prisão. 

A compreensão das diferenças entre as medidas de liberdade provisória, assim como o conhecimento das exigências legais e procedimentos adequados, são fundamentais para buscar a revogação da prisão de forma efetiva e justa.

Em suma, a revogação da prisão é uma possibilidade legal para garantir a liberdade quando a privação se torna desnecessária ou injusta. 

Compreender os diferentes tipos de liberdade provisória, as semelhanças e diferenças entre relaxamento de prisão, revogação de prisão preventiva ou temporária, liberdade provisória e habeas corpus é essencial para fazer uso correto das medidas disponíveis. 

A análise dos requisitos legais, a elaboração cuidadosa da petição, mencionando os artigos do Código de Processo Penal pertinentes, são elementos-chave para buscar a revogação da prisão de forma efetiva e em conformidade com a legislação vigente.

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