Quem atua na Advocacia Criminal sofre preconceito?
Quem atua na Advocacia Criminal sofre preconceito? Muitas pessoas me perguntam isso. É uma preocupação natural de quem deseja ingressar na Advocacia Criminal, devido ao grande preconceito do senso comum. Vamos falar sobre o preconceito que os advogados criminalistas sofrem no exercício da sua profissão, ainda mais se for advogada, e como fortalecer o seu propósito na carreira sem se deixar abater?
Eu sou a Cris Dupret, advogada criminalista atuante na área de consultoria e mentora de advogados iniciantes na Advocacia Criminal através do Curso de Prática na Advocacia Criminal, onde preparo, com foco na prática, advogadas e advogados que desejam atuar com segurança na área penal.
Hoje, decidi trazer aqui esse tema que é necessário e atual, atendendo a pedidos de muitas leitoras e leitores, que sentem ainda um certo receio de assumir a carreira na Advocacia Criminal, seja por preconceito, falta de apoio familiar ou até medo. Vamos lá?
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Advogado do Diabo ou garantidor de direitos a todas as pessoas?
Muitos advogados que acabam de se formar, ainda sentem dúvidas em qual área atuar na prática. Até mesmo aqueles que são apaixonados pelo Direito Penal, pois, devido ao grande preconceito do senso comum, alguns se sentem inseguros para enfrentar os desafios que podem surgir na carreira.
Por isso, alguns advogados preferem atuar em outras áreas, para não ter que sofrer o preconceito, que é totalmente descabido. Nós, advogados criminalistas, somos julgados como “advogado do Diabo”, “advogado de bandido, bandido é”, preconceitos infantis de uma sociedade (em geral) que ainda se deixa levar por um primitivismo e uma ignorância atrelada ao “sentimento de justiça”, sem qualquer fundamento. Me explico.
Você já sabe qual é a função de todos os tipos de advogados, inclusive a sua importância para a justiça, conforme dispõe a Constituição Federal em seu art. 133:
“o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
A mesma premissa aparece na Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil), em seu art. 2º, onde expressa que “o advogado é indispensável à administração da justiça”, prestando serviço público e desenvolvendo função social. Esses pressupostos também são trazidos no Código de Ética e Disciplina da OAB.
Enfim, é certo que, sem a presença de um advogado ou advogada, não se pode fazer justiça! O advogado criminalista não defende o crime, e sim o cidadão (como qualquer um) que vem sendo acusado (podendo ser inocente ou não), possuidor de direitos e garantias a ele assegurados pela Constituição Federal e outras leis. Isso precisa ser relembrado para aquele que produz e perpetua o preconceito contra os advogados criminalistas.
Em suma, a advocacia criminal é uma área de atuação apaixonante e fantástica! Os preconceitos existem, mas a nobreza dessa profissão e a sua importância social é maior do que qualquer um que despreza a nossa verdadeira missão.
Agora, vamos falar das mulheres na Advocacia Criminal?
Mulheres na Advocacia Criminal e o empoderamento feminino
Por mais que a Constituição Federal de 1988 tenha trazido um rol de igualdades entre homens e mulheres, assegurando constitucionalmente, para ambos os sexos, os mesmos direitos e deveres, a livre escolha da profissão e a liberdade de decidir a ocupação que terá durante sua vida, isso, infelizmente, muitas das vezes, fica apenas no texto da lei.
Assim como qualquer outro tipo de preconceito existente na sociedade brasileira, seja racismo, homofobia, transfobia, intolerância religiosa, infelizmente, ainda se fazem presentes preconceitos em relação à profissão da advocacia quando exercida pela mulher, em especial àquelas advogadas que escolhem atuar como criminalistas.
Fato é que, nem sempre a segregação de gênero é algo declarado, porém, muitas vezes pode ser duro. Não raras as vezes em que nós mulheres ouvimos ou ainda vamos ouvir: “delegacia não é lugar de mulher”; “mulher não deve lidar com esse tipo de pessoa”; “com esses olhos, é causa ganha”, “é só jogar seu charme que o caso está resolvido” ou “como uma mulher vai me visitar na penitenciária?”. E muitas outras “pérolas”.
Muitas vezes, até mesmo nos próprios clientes, observamos o preconceito na hora da contratação, como se nós mulheres não fossemos capazes de fazer a defesa deles ou visitá-los no estabelecimento prisional, apenas pelo fato de sermos mulheres. A verdade é que ainda vivemos em uma sociedade machista.
Mas, vale lembrar que, a nossa capacidade laborativa dentro da advocacia é a mesma que a dos colegas advogados. Na verdade, o que nos faz sermos capazes é a nossa qualificação, nossa dedicação, nosso esforço em sermos profissionais exemplares, e não o gênero masculino ou feminino.
Atualmente, na carreira do Direito, o número de mulheres está perto de ultrapassar o de homens em atividade no Brasil, conforme o quadro de advogados da OAB Nacional.
Apesar das conquistas femininas serem notáveis nos dias de hoje, percebemos que a Advocacia Criminal ainda é uma área predominantemente de advogados. Entretanto, não há dúvidas de que as advogadas criminalistas, pela sua excelente atuação no meio, já deveriam ter conquistado seu espaço.
Essas resistências atravessaram o tempo de maneira histórica, porém, esse cenário tem sido modificado através de mulheres que não aceitaram ser submetidas às desigualdades. Por esse motivo, tivemos uma evolução da aceitação da mulher, inclusive na Advocacia Criminal.
Portanto, não podemos, de forma alguma, aceitar o preconceito. Se a Advocacia Criminal é o que você deseja exercer profissionalmente, precisa encarar de frente essas práticas que desprezam, desqualificam, desautorizam e violentam nós mulheres.
Por óbvio que somos capazes de exercer a Advocacia Criminal. Mesmo assim, infelizmente, precisamos ainda vencer essas barreiras estruturais sexistas para mostrar o nosso potencial a toda sociedade.
E o empoderamento feminino é justamente isso, quando há a conscientização das mulheres de reivindicarem socialmente por igualdades de direito entre os diferentes gêneros. É um processo pelo qual as mulheres tomam em suas próprias mãos as mudanças necessárias para vencer a subordinação de gênero e constroem um caminho rumo ao poder. Empoderar-se é o ato de tomar poder sobre si.
Então, leitoras, alunas, colegas ou futuras colegas de profissão, não desistam de iniciar na Advocacia Criminal pelos preconceitos que vocês poderão se deparar ao longo da sua carreira pelo fato de ser mulher.
Qualificação na Advocacia Criminal
A única preocupação que devem possuir é sobre a sua qualificação. Se a Advocacia Criminal é o seu sonho, tenham coragem e vontade de enfrentar os desafios que surgirão nessa trajetória e sejam essas mulheres empoderadas que não aceitam ser subjugadas.
Quanto a qualificação, no Curso de Prática na Advocacia Criminal, tenho o cuidado de ensinar os primeiros passos para a sua atuação na prática, desde o contato com o cliente, acompanhamento em delegacia, elaboração de peças, como atuar em sustentação oral, fornecendo um banco de peças e muito mais.
Durante o Curso de Prática Penal, os alunos poderão tirar suas dúvidas diretamente comigo e ainda interagir com centenas de outros alunos advogados e advogadas através de um grupo exclusivo de whatsapp. Um ótimo networking, onde pode surgir troca de experiências e parcerias produtivas!
Além disso, o curso de prática na advocacia criminal é constantemente enriquecido com atualizações, jurisprudência, envio de notificações aos alunos e muito mais! Portanto, pensei nisso e invista na sua especialização! Com certeza, essa escolha de se desenvolver profissionalmente irá refletir diretamente nas suas conquistas financeiras dentro da Advocacia Criminal.
Tenha a certeza de que, com o resultado positivo da sua atividade profissional, você será respeitada, assim como hoje eu sou. Por isso, não se preocupe com os preconceitos que baterão a sua porta, e escolha ser a melhor profissional que você pode ser na Advocacia Criminal.
Espero você no curso!
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